A rotina que circundava-me me corroía,
Matando-me aos poucos,
Deixando feridas abertas em meu corpo,
Fazendo-me sangrar dias e dias
Até que um afago, uma risada e
Um jeito tímido e singelo
Empurraram-me para seus braços que,
De imediato, aceitaram-me e me abraçaram,
Mostrando-me o meu porto-seguro
Que nunca tinha encontrado em
Nenhuma pessoa antes.
As mãos que, desses braços e abraços,
Curaram minhas feridas,
Mostraram-me o caminho para
Esse paraíso sem igual.
Esse seu gesto, abriu portas que eram
Impossíveis de serem abertas e
Mostrou um caminho, pra mim, desconhecido,
Coberto pela vegetação densa e
Escura como a noite e que,
Aos poucos, foi transformando-se em
Uma perfeita harmonia de cores, sons e formatos,
Que me consumiu por completo,
Sendo guiado, através suas mãos e seus beijos,
Para esse paraíso tanto desejado por mim.
Maurício L. Zink
Nenhum comentário:
Postar um comentário