quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Por um momento surge dentro de mim um sentimento de raiva e de desprezo relacionado a um lugar no qual fez parte do meu passado recente e pelas pessoas que por ele estão vinculadas. Uma certa repetição de um passado ainda mais distante que me esforcei tanto para esquecer, mas suas lembranças são tão constantes e que me trazem cada vez mais aquela angústia e raiva que parece que se alimenta constantemente de mim e em mim.

Uma vida cíclica e repetitiva que traz a tona todos aqueles sentimentos do passado como se estivessem acontecido a pouco tempo, sendo que esses ciclos estão se tornando insustentáveis pelo sofrimento que eles estão me gerando.

Tento, sem sucesso, que a minha vida não se torne cada vez mais repetitiva, mas as vezes eu penso que essa repetição só é constante devido ao fato de que muito de mim no passado distante ainda está guardado em mim agora, sendo que não consigo me desapegar desses acontecimentos porque tenho medo de abraçar o desconhecido.

Um passado foi capaz de criar em mim por anos uma baixa alto-estima, um desprezo por mim mesmo e por todas as realizações e por coisas que eu tanto conquistei na vida. Foi criado em mim uma certa depressão e desprezo por tudo que sou e por tudo que eu fazia, mas de uns tempos para cá, eu percebi que isso estava mais me prejudicando do que me auxiliando a conquistar o que mais quero, e, devido a isso, tento trabalhar constantemente a minha auto-estima e a minha auto-confiança todos os dias.

Uma luta diária constante. Não contra um inimigo externo a mim que me impossibilita de prosseguir, mas um inimigo interno: Eu mesmo.

Só vejo os meus sonhos realizados se eu conseguir me desconstruir e me reconstruir para algo novo, para algo que possibilite o meu crescimento e que não me imponha barreiras e limitações para o que eu quero e para o que eu possa fazer.

Somente eu possa fazer isso por mim, pois somente eu sei o que quero para mim.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mudanças são necessárias, pois são através delas que evoluímos, nos tornando diferentes e cada vez mais únicos perante a complexidade da realidade que nos cerca. A vida exige atitudes nossas que são difíceis de serem tomadas por nos tirar do conforto e do comodismo da realidade que antes estávamos habituados. 

Com essas mudanças e situações que a vida elabora é que percebemos até onde nós conseguimos chegar, como se fôssemos constantemente testados e fosse colocado as nossas crenças, as nossas escolhas, as nossas visões de mundo a prova.

E, independente do resultado, sempre saímos dessas situações mais fortes e conhecendo melhor a nós mesmos.

Maurício L. Zink

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Fases vem e se vão com uma naturalidade necessária. Uma delas se iniciou à alguns dias, e esta, em especial, está demonstrando-me algo que é repetido, algo que já tinha visto, mas que não estava compreendendo a importância dela pra minha vida porque me recusava a aceitar a sua devida importância.

Por muito tempo, sempre quis controlar tudo que ocorriam a minha volta e na minha vida como se elas fossem meros objetos, meros brinquedos, meros fantoches, como se eu fosse o "regente" daquilo que eu acreditava ser meu, daquilo que eu acreditava que vivia em minha função.

Me custou acreditar que nem tudo é para satisfazer-me, nem tudo que me circunda é passível de meu controle para que fosse gerado algum tipo de benefício pra mim. As coisas, as pessoas, tudo existe por um motivo próprio, não por mim ou para alguém em especial, mas para si mesmo. Tentar controlar algo externo a si mesmo é um erro, além de perder tempo com coisas desnecessárias. Viver cada momento como se fosse único, como se fosse o último, talvez seja essa a solução.

Maurício L. Zink

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Não me vejo mais na necessidade parar-me para repensar os meus desejos, as minhas vontades e os meus valores. Vejo que a realidade humana é uma construção contínua e sem tempo para descanso ou para reflexão. Por muito tempo tive medo de ter a minha vida "fora de controle", por muito tempo tive medo das incertezas da vida e de não conseguir caminhar pelas minhas próprias pernas. As escolhas terão que ser feitas o tempo todo, só cabe a nós ter a humildade de saber receber críticas e sagacidade para crescer a partir delas.


Maurício L. Zink

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Uma realidade alternativa, as vezes um mero reflexo, as vezes uma contraposição. Cada indivíduo, uma realidade única em meio as múltiplas realidades únicas e distintas. Cada realidade construída através de realizações e frustrações, desejos e anseios, amores e ódios, sendo estas caminhos distintos, mas diversas vezes compartilhadas entre diversos seres momentaneamente. Nenhuma realidade poderá ser acessada por aqueles que não a vivenciam, pois só quem a vivencia intensamente que poderá sentir a sua complexidade existencial, o que as tornam únicas para cada indivíduo que a vivencia.

Maurício L. Zink


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Faz algum tempo em que me propus a tentar a viver sem ter que me preocupar com relacionamentos. O fiz com o intuito de tentar me conhecer, de conhecer minhas limitações, minhas qualidades e até onde consigo caminhar com as minhas próprias pernas.

O fiz com intenção de começar a criar coragem para enfrentar as minhas próprias limitações, as minhas próprias barreiras que o meu (in)consciente criou durante a minha vida.

O fiz não por querer me fechar por completo da sociedade ao meu redor, ou por ignorância de achar que os outros são inferiores a mim e que, assim, não merecem conviver comigo.

Pelo contrário, o fiz para dar o melhor de mim para as outras pessoas resguardando os meu próprios sentimentos, pois reconheço que em muitos momentos precisei de ajuda de várias pessoas para estar aonde estou. Reconheço que as relações sociais são necessárias para a evolução não só minha, mas de todos com quem me relacionei. 

Eu precisava me "fechar para balanço" para tentar planejar a minha vida, para rever as minhas posições políticas, rever todos os meus conceitos, vontades e necessidades de acordo com o que aconteceu no meu passado.

Planejamento é o que fiz. Foi uma experiência necessária. Pretendo refazê-lo periodicamente para que os meus erros não sejam tão frequentes.

Maurício L. Zink

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A vida nos dá marcas para não esquecermos de quem somos e do que passamos. Muitas das nossas estórias nos marcam para uma vida inteira. Outras nem tanto. 

Passamos por momentos únicos, momentos estes que tem facetas tão diversas, de natureza única e de duração tão indeterminada que me faz acreditar que a vida não foi feita para ser passada por simples acaso, mas é feita para ser desfrutada minunciosamente de tal maneira que as lembranças do passado acabe se tornando a maior riqueza que uma pessoa possa ter.

As lembranças são as únicas coisas que nos sobram, as lembranças daquelas pessoas que amamos, mas que perdemos, seja lá por qual for o motivo, as lembranças de momentos que passamos na infância quando éramos despreocupados e arteiros, as lembranças dos diversos amores que tivemos durante a vida.

Todas as lembranças são reflexos das marcas, marcas estas que as vezes estão no nosso próprio corpo para que possamos lembrar diariamente que estamos em um constante processo de desenvolvimento, mas há marcas que são internas, marcas estas tão íntimas que não gostaríamos de mostrá-las para aqueles que nos rodeiam, pois estas marcas nos fazem sofrer.

Sofremos por não conseguirmos aceitar que esses momentos ocorreram conosco. Sofremos por não sabermos lidar com a dor e com a nossa própria história. Sofremos por não saber colocar a nossa dor em forma de palavras para que a nossa dor não seja mais sentida pelas pessoas que estão a nossa volta.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Desejos realizados. Novos estão sendo criados, mas o que permanece imóvel é a necessidade de realizar ações, de desejar, de construir e progredir. Isso é realmente necessário? O que é necessário?

Por muito tempo se construiu a ideia de que para ser algo ou alguém era preciso ter determinadas coisas ou determinadas características que sejam predispostas para tal, mas esqueceram de pensar nas necessidades individuais do ser em questão, na necessidade deste de ter ou ser algo que não deseja, na necessidade deste de usufruir do tempo e espaço para poder refletir sobre sua determinada realidade e sobre a realidade das suas necessidades.

O que move a vida e as coisas não é algo que está além das nossas compreensões, mas na existência da necessidade, no fato de sempre estarmos criando razões que legitimem a nossa necessidade, necessidade esta que possa ser somente em se alimentar ou até mesmo na necessidade de acreditar em uma realidade paralela para poder lhe dar conforto e que amenize a dor de enxergar para uma realidade degradante.

Qual é a razão da existência de uma necessidade? O que é realmente necessário?

Maurício L. Zink

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Faço-me sem querer. Um fazer sem ter a esperança de ser alguém. Olho com  desejo e ternura de alguém que, sem medo, acredita em um caminho certo, mesmo que esse caminho seja tortuoso e repleto de dificuldades a serem superadas.

Faço. Planto sementes pelo caminho com a finalidade de que no futuro eu possa obter frutos e uma sombra para aproveitar. Faço assim, desse jeito meio ingênuo, as vezes de modo oportuno, as vezes sem querer, para que um futuro seja aproveitado, não só por mim, mas por aqueles que estão a minha volta.

Faço. Sem medo. Faço por um futuro. Faço no presente por um futuro que desconheço, mas que desejo enormemente que seja como me agrada, mesmo sabendo que o futuro é um completo desconhecido.

Maurício L. Zink

domingo, 11 de maio de 2014

"O que eu quero não é o que eu realmente preciso".

Desconheço a fonte dessa frase. Me fugiu da mente a situação em que essa frase foi dita. Desde o momento que ouvi essa frase, comecei a refletir muito sobre ela, de como que as coisas, as situações e as pessoas que nos circundam nem sempre são o que nos farão alguém capaz de melhorar a cada minuto a ponto de ser uma pessoa diferente a cada momento, a ser alguém que nem pensávamos ser, mas que os fatos, pessoas, sonhos, conquistas, objetos e desejos nos levaram até lá, a ser alguém nem melhor, muito menos pior, mas únicos.

Eu quero milhões de coisas, mas sei que não poderei ter, conquistar ou realizar uma boa parte das coisas que planejei para mim. Sei que não poderei ter tudo que gostaria. Quando penso nisso, começo a refletir que tudo que entrou em nossas vidas, não entraram por acaso, entraram por um motivo, independente de qual for, mas são coisas que nos completam de alguma forma, que nos elevam para patamares que desconhecíamos e, a partir daí, tentarmos nos reinventar, nos modificar para continuar seguindo nosso caminho.

Eu sempre quis coisas que, muitas delas, eu não poderei usufruir do que elas poderiam me proporcionar, mas tudo que entrou para minha vida, eu gostando ou não, eu transformei parte de mim, parte do que eu sou agora e do que eu serei no futuro. Me apoderei de parte de tudo que passou por mim, pessoas, situações, momentos, desejos, sentimentos e deixei parte de mim em tudo que pude fazê-lo. Fiz coisas que não me orgulho, mas fiz de acordo com a situação que me foi dada.

Para tudo que me acontece, eu preciso de um momento para refletir sobre aquilo que aconteceu. Preciso entender para poder incorporar, de alguma forma em mim e nas minhas ações. Eu faço o que é preciso ser feito, sem deixar de ter em mente os sonhos, as pessoas, os objetos, as estórias e as minhas insanidades latentes ao meu ser. Sou isso. Sou o nada que necessita ser completado.


Maurício L. Zink

terça-feira, 18 de março de 2014

Uma ideia qualquer passou-me por minha cabeça. Muitos momentos passaram por mim. De um jeito ou de outro, esses momentos me fortaleceram. Não reclamo. Não tenho direito de reclamar da vida que tenho, pois fui eu que escolhi, de acordo com as circunstâncias que me foram dadas, o caminho que achei certo percorrer.

Muitas coisas ainda virão, farei delas parte de mim, parte do que sou, parte do que irei ser. Estou em processo de (re)construção, passando por momentos de diferentes intensidades, mas só estarei acabado no dia de minha morte. Antes disso, verei a vida dançar diante de mim, com seu jeito estranho e belo de ser.

Sou para não ser mais. Sonho com banalidades para me manter completamente real.

Maurício L. Zink

sexta-feira, 14 de março de 2014

Vejo um falso sentido para minha vida. Vejo que tudo aquilo que acreditava não passava de mera ilusão, de mera abstração dos meus sentidos.

Necessito de tempo. Tempo para me reestruturar. Tempo para pensar nos próximos passos. Tempo para ver o que é válido ou não na minha vida. Mas esse tempo não me é concebido. Me exigem agilidade, força, inteligência, mas esquecem que necessito me reencontrar, que necessito de tempo para saber o que necessito antes de continuar, que necessito de tempo para não errar.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Risadas estridentes, bochechas avermelhadas e olhos semi-cerrados. Uma forma de felicidade que nos é vendida a cada esquina como se fosse um sentimento contínuo em um mundo em que o tempo deixa de existir por um mero instante das nossas vidas.

Uma criança brinca com uma simples tampa de garrafa no chão que muitos passam, mas ninguém dá o mesmo valor à ele como a tal criança com a sua tampinha e um sorriso estampado no rosto o dá.

Uma reunião de amigos, amigos estes que conversam sobre política, economia e notícias que são passadas na tela de uma mera televisão, discorrendo sobre como o mundo não é como eles gostariam que fosse.

Um ambiente. Pessoas passam e todos se desconhecem. Um dedo levantado seguido de um pedido (até parece uma criança na flor da sua infância interrompendo a professora durante a aula para pedir algo, mas não o é, ou será que é?) Cervejas, lanches, sucos, almoços, balas e muito mais coisas que um lugar desses pode oferecer estão correndo de um lado ao outro como se sentisse uma necessidade afobada de chegar ao seu destino no mesmo instante em que partem, mas, apesar de tudo, não deixa de ser um lugar de passagem, um lugar de consumo, nada mais, somente apontar, consumir e pagar. Nada é mais necessário.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Necessito de uma ilusão. Necessito, de antemão, de algo que me faça sonhar, que me faça ver, que me faça crer em um futuro, em um fim para as coisas de uma forma que não me deixe enxergar a realidade na forma mais brutal, na forma mais natural que é a sua existência que possa ser revelada durante meu caminho na vida.

Mas as vezes começo a pensar que a natureza das coisas, a natureza dos seres e de suas criações, está repleta de ilusões, de fantasias ao seu redor. 

De que vale uma roupa se não para ocultar determinados contextos e determinadas formas em contraponto de demonstrar uma natureza carregada de simbolismos criados pela imaginação do ser humano?

As coisas que nos são mostradas nem sempre são reais. As coisas que vemos é a mera necessidade do ser humano de externalizar tudo aquilo que tivesse sido subjugado no nosso mais obscuro interior, ou seja, externalizamos tudo aquilo que sempre foi modelado incessantemente por algo que não vemos, mas que acreditamos que esse algo exista, deixando com que esse algo seja capaz de controlar as nossas vidas através da nossa imensa necessidade em acreditar em algo.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Faço-me necessário. Necessidade, por hora, de um conforto, de um mero consolo de uma vida desgraçada pela vontade de seres de se tornarem algo além, de se tornarem alguém, aquém do que acham que são, pelo martírio e pela desordem interna de outros que de nada se interessam pela ruína de seus iguais.

Quem necessita? A esfera eterna que torna esse espaço um suspiro de tudo aquilo que circunda a nossa existência nos faz perceber que nossas vontades são impulsos compulsivos neuróticos de tornar externo nossa própria desordem reprimida e desconhecida por nós mesmos.

Não nos conhecemos, e fazemos de toda a externa existência do corpo fadado ao colapso uma continuidade da nossa existência perversa e sombria.

Espelho. É um espelho que queremos que as coisas se tornem para podermos contemplar a nossa própria desgraça mórbida, fazendo-nos descaradamente da existência narcisista da morte uma realidade desnecessária.

Desordem, caos, miséria, externalização de sentimentos que nos domina, nos diverte, nos realiza, nos tornam mais humanos. Uma necessidade de auto afirmação, uma necessidade sádica de querer ser, de querer pertencer, de querer algo que já temos.


Maurício L. Zink

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Não sei ao certo. Uma sensação estranha me consome, sugando meu corpo, sugando meus pensamentos, como se quisesse provocar uma determinada reação em mim, como se quisesse ver até onde minha mente e meu corpo são capazes de suportar toda essa dor, toda essa angústia, toda essa raiva e medo.

Uma explosão de sensações e pensamentos me mostram que nossas ações sempre são limitadas, limitadas pela dor do corpo e pela dor que sentimos em nossas mentes.

Mentes essas que são fracas e que necessitam de laços amorosos com aqueles que estão a nosso redor, nos esquecendo que a vida dura um tempo menor do que gostaríamos que durasse, mas as vezes acho que ela dura o tempo necessário para sentirmos saudades e um pouco de vontade de parar no tempo para poder viver mais um segundo ao seu lado.

Eu gostaria de continuar sentindo o gosto da vida e da sua companhia ao meu lado, mas a vida fez questão de exercer sua função de chamá-la para ficar ao seu lado, alimentando os meus sentimentos de saudade com as minhas boas recordações para ocupar o espaço que a falta da sua presença me deixou.

Amo-te, mas não posso negar os processos da vida.

Maurício L. Zink

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Desejo não ser, não ser aquilo que me dizem para ser, um ser plano, inequívoco, obscuro e que me atormenta nos momentos em que a vida acredita ser necessária para a sua manutenção.

Mas o que é necessário? É necessário aceitar ser o que não é por causa de uma mera vontade de alguém que se acha ter o monopólio da força? É necessário ter aquilo que não precisa ter pela mera vontade de algum ser estranho?

A necessidade de um nem sempre é a mesma de outro. As necessidades são únicas conforme a individualidade da abstração de cada ser, mesmo certas semelhanças com aqueles que o rodeiam, pois cada ser ainda permanece sendo único devido as determinadas características que somente à elas pertence.

Ser é um caminho a se percorrer, um caminho no qual o indivíduo percorre solitariamente um trajeto complexo e exausto de auto conhecimento, conhecendo a si mesmo, as suas capacidades, as suas necessidades, as suas vontades, seus limites, suas dificuldades e seus defeitos para ver até que ponto termina a sua existência.

Cada caminho é do tamanho das suas necessidades. Cada caminho é repleto de superações que põem a prova as suas escolhas e a sua capacidade de continuar caminhando, como se quisessem lhe pôr a prova, como se quisessem ter a certeza de que é merecedor, merecedor do fim que lhe foi determinado. Determinado, mas não dito, e, de certo modo, previsível, só saber enxergar.


Maurício L. Zink

terça-feira, 21 de maio de 2013

Uma vontade imensa de não estar, vontade imensa de correr e ver até onde o meu corpo e a minha insensatez podem me levar, sendo qualquer lugar mais agradável que este que me resta.

Um mundo inteiro para conhecer, um mundo a estar, mas meu corpo me prende, meu corpo se mantêm inerte a esse mísero espaço obscuro, calmo e revoltante.

Vejo. Nada me agrada. Penso. Nada faz acalmar a minha angústia e a minha solidão que fazem questão de permanecerem intactos no interior do meu ser.

Maurício L. Zink

terça-feira, 9 de abril de 2013

Sinto-me de uma forma estranha, sinto-me como se não pertence-se mais à esse lugar, como se eu não pudesse mais ser desse modo e que fosse necessário transformar toda minha identidade e destruir uma vida que sempre desejei para reconstruí-la a partir do vazio, a partir no nada.

Através de um sonho, me foi avisado que tudo que acredito, que tudo aquilo que me movia seria questionado. Questionado até onde? Questionado por qual motivo? Questionado por quem? Perguntas estas que serão respondidas com o tempo, mas um tempo que também moverá certas mudanças, certo acertos em mim.

Mas o que percebo a cada dia que se passa é a validade dos meus sonhos, que a cada dia se tornam cada vez mais reais em minha mente, fazendo assim parte da construção da minha identidade questionada, e, as vezes, tão obscura e contraditória.

Com tudo isso eu percebo que, mesmo questionado, mesmo que estejamos em constante contradição e reconstrução de tudo aquilo que acreditamos, temos que saber onde queremos chegar e quem realmente queremos ser. Mas será mesmo que temos que saber quem queremos ser e onde queremos chegar? Será que temos que seguir uma determinada meta durante uma vida inteira, sem ter a possibilidade, sem ter a opção de escolher mudar, de escolher ser o que não é para ser algo que nunca tinha sido antes?

Nós somos seres flexíveis, maleáveis, moldáveis de acordo com as mudanças que a própria vida proporciona para nós mesmos, e muitas vezes temos que saber lidar com algo estranho, muitas vezes indesejáveis, para poder seguir nossas vidas. Por muitas vezes eu destruí e reconstruí o meu ser, os meus desejos, as minhas vontades, as minhas necessidades para poder me adequar ao ambiente em que eu estava, mas acabei esquecendo o que eu realmente quero para mim e esquecendo o mais importante.


Maurício L. Zink

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Vejo que nada me resta além de estar em completo devaneio, em sonhar com pássaros cantarolando ao meu redor, exprimindo sua felicidade pela vida, sem ter a angústia e a cobiça que permeiam as veias humanas.

Vejo que nada me resta além de viver. De viver o momento como se fosse o último dessa mera passagem mundana, como se a vida fosse uma mera passagem, um mero momento de algo bem mais transcendental.

Não creio em instituições já fundadas na história humana. Mas creio em algo que não possa ser explicado, mas sentido, muito menos tornado em uma mera verdade absoluta, mas em pontos de vistas sobre os sentimentos cada vez mais pessoais e intransferíveis  Creio em algo que torna nossas vidas em uma experiência que nos move, que nos transforma ao longo do tempo e que deve ser transmitido para aqueles que ainda estão por vir através das meras palavras. Palavras estas que não tem tamanho para o tamanho e a força que elas realmente tem...


Maurício L. Zink

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Faço das minhas lágrimas que escorrem no meu rosto o combustível que move meu corpo e realidade dos meus mais intensos sonhos. Faço das minhas cicatrizes no meu corpo e na minha mente a minha história, a história pela qual sempre me orgulharei e pela qual farei ser lembrado por toda eternidade.

Não sou santo, muito menos um completo erro da vida. Sou humano como qualquer outro, repleto de anseios, de dificuldades, de pensamentos dos mais obscuros que me consomem por completo, mas também sou resultado de desejos, de vontades, de conquistas grandiosas e derrotas memoráveis. Sou humano, complexo, vivo, real, nada mais.


Maurício L. Zink

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Um caminho qualquer, não me importa onde. Muitos ao meu lado, mostrando-me novas visões daquilo que me circunda, daquilo que parece ser real, daquilo que parece sustentar tudo que acredito, daquilo que parece ser, parece, até chegar em situações em que questionam toda a sua vida e todas as suas crenças até aparecerem ser.

Muitos caminhos surgem, possibilidades de mudanças sempre teremos. Para onde? Só a nós nos cabe escolher o caminho, a razão e o sentido de nossas vidas.

Vejo coisas que não gostaria, sinto explosões de sentimentos no mesmo instante, tornando-me em um mero andarilho que deseja conhecer todas as possibilidades que a vida possa proporcionar.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um caminhar descompromissado e lento, olhos baixos e cansados, mente abstraída e vazia. Nada a minha volta me atormenta, nem me seduz a ponto de me fascinar pela sua forma mais original, pela sua complexa abstração que poderia aprisionar a minha atenção, pelo seu sentido único e real. Faço do meu caminho o mais estranho e louco, mas faço dele como quero, sendo único e verdadeiro, mesmo que os meus erros me façam ver que minha vida foi uma grande imbecilidade do  meu ser, que a minha vida na verdade seja um verdadeiro erro, mas a minha vida sempre foi minha, cabendo a mim decidir o seu sentido, dando-lhe a sua forma através do tempo, abstraindo de todos os modos para sua construção.

Faço-me como quero, faço-me como desejo, faço-me como eu sonho, mesmo que alguns tropeços nesse caminhar estranho me façam ver a vida de um modo obscuro e sombrio. Uma vida, um desejo imenso de chegar em um lugar que não precisarei mais ser somente aquilo que realmente sou, que não precisarei mais ver somente o meu passado, que não precisarei mais estar em nenhum outro lugar somente ali, do jeito que quero, e nada mais, e esperando o resto da minha vida passar, passar de um jeito que nem sei como será. Eu só quero não precisar mais.

Maurício L. Zink

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Como eu gostaria que tudo isso não fosse real, que todo esse sofrimento, que toda essa desgraça, que toda essa estória fosse somente um sinal de loucura ou de mera paranóia minha. Não consigo distinguir os dois mundos que circundam as nossas vidas. 

A barreira fina que separa a realidade da ficção se rompeu e aqui estou inserido em meio a essa mistura de loucura com lucidez que me embriaga e me seduz para seu profundo interior.

Não sei mais o que fazer, se devo fazer alguma coisa, se devo esperar que tudo se acalme. Um momento necessito para poder pensar em tudo que me circunda. Toda essa raiva e todo esse ódio que me circundam me fizeram desacreditar do mundo em que vivo. Há jeito de voltar a acreditar nele? Tudo indica que não. A raiva, o ódio, o sofrimento nos corações humanos me mostra que não. Será?


Maurício L. Zink

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Um dia nublado. Chuvoso. Sentado aqui estou, observando o caminhar monótomo e solitário de alguns guarda-chuvas e o cair intenso da chuva. Pensamentos me vem, pensamentos me vão, nada me interessa dentre os pensamentos que tenho. As minhas memórias e um gole de chá de hortelã me bastam nesse momento. Uma vida inteira passada em frente aos meus olhos, aproveitando cada momento como deveria ser feito. Mudaria alguma coisa? Não é necessário mudar, a vida é bela por ser única, por ser do jeito que ela é.

Um estranho caminhar, solitário, intenso, mas meu. Eu desejei, sonhei, realizei o que eu mais queria, mesmo que tudo isso tenha magoado alguém. A vida é assim, tudo que desejas deverás ser realizado, quiçá conquistado e as suas consequências virão durante o seu caminhar, cabendo à cada um saber resolver os seus problemas a seu modo. Palavras perderam seus sentidos, as suas importâncias, foram deixadas de lado pois aprendi com elas que as mesmas não tem valor, mas causam muito sofrimento e dor naqueles que ouvem, e muitas vezes naqueles que as falam.

Tudo se vai, somente uma única coisa fica, a vontade de que a morte me conforte e me beije do jeito que somente ela sabe fazer.


Maurício L. Zink

sábado, 13 de outubro de 2012

Duas sombras hoje eu vi. Duas sombras minhas ao chão interagiam entre si, sobrepondo sempre uma sobre a outra em uma eterna competição pelo monopólio da minha existência.

A divisão entre elas existe até certo ponto, o ponto em que as duas tocam os meus pés, os pés que caminham, que sofrem com seus tropeços, que traçaram uma rota  para poder contar, em um determinado futuro, as estórias para aqueles que quiserem ouvir.

Sombras essas que são duas, mas que podem ser muitas, ou simplesmente uma, ou talvez nenhuma dependendo do momento. Elas, ou melhor, ela, pois cada qual com uma única sombra, mas porquê não ter muitas? Cada ser decide a existência de quantas sombras lhe convier, por ser ele o único a ter o direito à decidir sobre si mesmo, até mesmo sobre a quantidade de sombras quiser ter.

Mas sobre certas coisas na vida não há como escolher. Bom seria se pudéssemos escolher quantas sombras gostaríamos de ter, mas sobre elas, a sua quantidade e a sua forma dependem de diversos fatores externos, de diversas causas que não conseguimos controlas, e essas causas não ocorrem somente em relação às sombras. Milhões de fatores que regem nossas vidas, que influenciam as coisas mais mecânicas e imperceptíveis do nosso cotidiano até os momentos mais inesperáveis e grandiosos de nossas vidas, não podem ser controlados, não podem ser racionalizados e transformados em técnica.

Há a possibilidade de transformar as nossas vidas independente de certas circunstâncias externas ao nosso pensamento?


Maurício L. Zink

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Meus olhos não podem enxergar aquilo que não querem que vejam. Colocaram-me uma venda ao nascer e me fizeram crer que aquelas alucinações construídas por minha mente eram as únicas verdades em que eu poderia acreditar, mas sempre questionei a veracidade daquilo que imaginava.

Taxado de louco eu já fui por não acreditar naquilo que estava em minha frente por nunca querer acreditar na verdade daqueles que só queriam a minha vida em troca de seus míseros momentos de loucuras.

A minha verdade não está naquilo que vejo, nem no que escuto ou sinto. A minha verdade está naquilo que acredito, mesmo que essa minha crença possa parecer mentirosa, ou mesmo em uma verdadeira loucura, para aqueles que me circundam. Todos os meus atos, todas as minhas palavras, todos os meus gestos, até os mais sem sentido, fizeram e ainda fazem parte da minha construção de ser e da minha visão de verdade.

Pode parecer loucura, mas um dia, tudo isso fará sentido. Assim espero. Somente se eu conseguir chegar ao meu verdadeiro fim.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Vento gelado batendo no meu rosto. Observo ao meu redor e vejo pessoas agasalhadas e com os seus rostos rosados. Uma sensação não muito agradável para mim. Pelas outras pessoas que estão à minha volta eu já não posso dizer pelo simples fato de não poder entrar em seus pensamentos, mas pelas expressões corporais de alguns ali, suponho que que estejam sentindo o mesmo que eu. Eu tento imagina a sensação de certas pessoas, pessoas que desconheço por completo, pessoas que nunca vi antes e que por um simples momento repentino nossas vidas se cruzam, mesmo que nada aconteça, nem palavras são trocadas, muito menos olhares, e talvez seja por isso que eu tento imaginar os seus gestos, as suas ações, suas expressões, seus pensamentos, tudo isso para não errar, tudo isso para não ter que sentir as mais terríveis sensações ao ser questionado, ao ser julgado, pelos outros seres quando ditas as suas próprias verdades, sensações estas que poderiam ser descritas como o ódio e a raiva.

Muitas das minhas imaginações, as vezes absurdas, se concretizam, tornando-se reais, mas muitas não passam de meras abstrações tão complexas que eu mesmo desconfio da minha própria sanidade. Insano? Por que não? E quem não está? Mas não será por isso que vou deixar de ser esse ser frio e calculista que sou...


Maurício L. Zink

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Os sustos que a vida dá não me abalam mais, as peças que ela proporciona já passam despercebidos por mim, as críticas que recebo não me chamam mais a atenção, tudo isso não me importa porque o meu crescimento pessoal não tem sentido se eu não puder compartilhar com você todas as minhas brigas, todos os meus rancores, todas as minhas lágrimas, todas as minhas vitórias.

Eu sigo esse caminho que a vida me deu, as vezes sem rumo, sem prumo, seguindo o caminho como se nada mais importasse para mim, sem me importar com o que os outros me dizem. Você roubou o meu coração, roubou a minha vida, os meus sentimentos mais belos com o seu sorriso meigo, com o seu jeito de colocar o cabelo atrás da orelha esquerda, com esse seu jeito de menina-mulher, deixando-me desolado, destroçado, sem nenhum pedaço para me contentar, somente esse casulo escuro, frio e solitário.

Roubou e levou com você o que tinha de mais importante em mim, o amor que eu sentia por tudo aquilo que estava a minha volta, levando por esse seu caminho que você mesma construiu para que o nós não existisse, para que somente o seu eu existisse e prevalecesse sobre todo o resto a sua volta.

O meu eu nunca foi importante para você pois nunca tive voz, muito menos uma mera representação na sua vida, e agora estou completamente sem sentido, sem sentimento, um completo vazio, solitário, um corpo morto vagando por essas estradas da vida sem me preocupar com a hora, muito menos com o lugar, mas procurando tudo aquilo que você me roubou, a minha vida, que talvez não exista mais...


Maurício L. Zink

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Se me pediram para me tornar homem, então homem eu vou me tornar. Cuspirei na cara daqueles que atravessarem no meu caminho, sem piedade e sem medo, e farei do meu lado sombrio a minha verdadeira arma. Muitos me seguirão, muitos honrarão meu nome e a minha história, e tu que não acredita nas minhas palavras verá que sou muito mais que eu possa parecer. Espere e verá.

Maurício L. Zink

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Silêncio necessário, vidas contadas, momentos inesperados e pessoas certas. Tudo isso mostra o quanto que a vida é estranha por ter reunido pessoas em momentos diversos, momentos estes que fazem com que o mais forte dos homens chore, que o mais medroso tome coragem e o mais pessimista se alegra com toda essa situação.

Nada será como antes, tudo se transforma de uma maneira inesperada, quebrando completamente com as nossas previsões sobre o futuro, com os nossos desejos que gostaríamos de realizar, com os nossos mais diversos sonhos. Tudo isso é necessário. Necessário para o nosso crescimento como seres complexos que somos, como seres pensantes que utilizamos as palavras para expressar os nossos mais obscuros e sombrios sentimentos. Para que falamos se não para expôr os nossos sentimentos para aqueles que estão ao nosso lado? Será que necessitamos utilizar as palavras para demonstrar o nosso amor, a nossa raiva, a nossa alegria, a nossa decepção? Acredito que não, porque as palavras carregam consigo mesmas significados muito maior do que a nossa capacidade de entendimento e de compreensão.


Maurício L. Zink

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Estou programado para morrer, programado para lutar por aqui que acredito ser o certo até o meu ultimo suspiro. Está tudo errado, fui jogado no inferno para lutar por aquilo sem saber se conseguirei ganhar, deixando a minha estrela brilhar, mostrando o caminho para aqueles que virão. Eu vou tentar, eu vou correr atrás daquilo que acredito. Ou será que aquilo que acredito me trouxe até aqui? Não importa. Eu só quero realizar os meus sonhos, conquistá-los com as minhas próprias mãos. Há um caminho à percorrer, um caminho escuro, incerto e real. Que seja assim. Dá mais prazer conquistar tudo aquilo que quero. Quando eu chegar lá, não estarei sozinho. Só sei que quero chegar lá. Já que estou vivo, vamos lá. Programado para morrer.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Uma tarde como outra qualquer. As horas não passam. As pessoas em minha volta andam apressadas como se o tempo os cobrassem algo que eles acreditam não ter e nem ser.

Uma tarde em que o mundo está em movimento e eu, aqui, parado. Como eu pude ser? A real face das coisas são bem diferentes do que elas tentam parecer.

Viver. Pensar. Sonhar com dias diferentes em que o nada e o tudo seriam necessários em minha vida. Enquanto isso, eu permaneço parado, observando a vida caminhar em minha volta com passos apresados e querendo que o tempo pare para conseguir realizar todos os seus desejos.

O que teria uma pessoa a desejar para que seus passos fossem tão acelerados? Medos? Ambições? Vontade imensa de querer ser aquilo que não é? Para quê? Nós temos vida, essa é a nossa maior conquista. Todas as outras conquistas são consequências daquilo que somos, daquilo que valorizamos em nós mesmos e naqueles que nos circundam.

Eu mesmo tentei ser aquilo que não era para tentar agradar aqueles que sempre me odiaram. Um erro que cometi. Eu perdi anos da minha vida por causa disso, anos que não voltam mais. Correr atrás do atraso? Não preciso. Além de mais, não temos como voltar para corrigir os nossos erros. O que tem que fazer é deixar que a vida siga o seu caminho e tentar aproveitar cada instante, pois a vida pode ser tudo aquilo que você quis à ela. A vida pode ser. Que assim seja.


Maurício L. Zink

sábado, 28 de julho de 2012

Cansado de tudo isso que me ronda, de toda essa carga que colocaram em minhas costas, de toda uma vida em que de nada me orgulho por ter feito. As situações exigiam-me que eu fizesse algo, algo efetivo, algo que eu não queria, algo que era maior do que as minhas forças, mas que era necessário que eu as fizesse para que aqueles por quem eu tenho apreço não sofram por minha causa.

Algumas pessoas não vão entender o quanto é complicado tomar certas decisões na vida por não conhecerem as verdadeiras razões pelas quais eu tive que tomá-las. Eu sempre quis o bem para os próximos, nem que para isso seja necessário que certas verdades sejam ditas, que certas decisões sejam tomadas e certas ações sejam realizadas em benefício daqueles que amo.

Esse é o preço que a vida nos cobra para que essas pessoas continuem seguindo o seu verdadeiro caminho. Eu já tenho muitos problemas para pensar, fugir deles não é uma solução, mas talvez a minha eterna solidão seja a mais sensata.


Maurício L. Zink

terça-feira, 24 de julho de 2012

Uma memória. Uma história. Nada além disso. Os momentos se passam, as pessoas se vão, e eu, parado no tempo e no espaço, à espera de algo que tentei sonhar em uma realidade bem distante da vivida.

Tudo não passa de meras abstrações, de meros enganos dos nossos pensamentos e da nossa imaginação. O que é real? O que é verdadeiro? O que é imaginário? Nada além de construções em cima de pontos de vistas que se enganam, que se contradizem.

Visões diferentes de um mundo único. Nenhuma delas coincidem entre si. Todas elas tem abordagens, conceitos, peculiaridades distintas que as vezes eu não consigo enxergar, muito menos compreendê-las por terem fundamentos em coisas que eu desconheço.

Bem que eu gostaria de amar, mas certas situações que estão acima da minha vontade, da minha compreensão, e até mesmo do meu conhecimento, me impedem de agir, de amar, de fazer o outro feliz como deveria ser.

E tudo isso não passará de uma mera memória que cada vez mais se afasta de mim pelo tempo. Uma pequena história. Que assim seja.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Somente o silêncio e o tempo são necessários para um mundo completamente em desajuste. É nesses momentos de reclusão que pensamos nos nossos erros que cometemos e, através disso, tentarmos nos corrigir para seguir em frente.

Ações frustradas.  A minha vida inteira foi assim. Meras tentativas erradas de tentar algo novo, algo que pudesse me fazer feliz, mas que acabam tendo reações das mais diversas em que eu não esperava, e que sempre acabam com os meus sonhos anteriormente construídos. Sentimentos que eu nunca quis experimentar. A vida é assim. Um momento de pura diversão em meio à brigas em que quase todos tem uma parte na culpa.

Mas a vida é assim. E somente o silêncio e o tempo são necessários nesse momento.
 
 
 
Maurício L. Zink

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um pressentimento. Algo novo e diferente está para surgir. Algo misterioso e ainda sem uma forma clara. Algo que está para ser feito. Verdadeiro e sincero. Assim eu espero. Algo imprevisível, mas real e com uma origem natural das mais belas por estar baseada nos mais puros sentimentos. Algo que tem vida. Algo construído. Construído não só por mim, nem por você, mas por nós. Um nós que é a soma de eu e você em que um complementa o outro sem deixar que tudo que seja externo nos atrapalhe nessa eterna construção.

Viver assim, desse jeito, juntos, baseados em algo valioso e que poucas pessoas tem. Algo único e que está a cargo do futuro. Do futuro incerto.


Maurício L. Zink

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Um caminhar descompromissado como se o amanhã não fosse importante. O tempo não é uma necessidade. O olhar? Distante. Um mero momento em que quase tudo é desnecessário, somente o ato de caminhar é necessário, por ser nesse momento em que consigo ficar só com os meus pensamentos e reflexões para que eu consiga entender certas coisas que ocorreram em minha vida.

Mas tudo que passei, mesmo os momentos mais estranhos, me fez perceber que as coisas não eram tão simples como eu imaginava. Não eram. E o mundo não será eterno. Não o mundo que construí em meus sonhos. Tanto que ele está desmoronando como castelo de areia sob forte represália do vento. Até não existir um grão de areia. Um mundo tão real.

Eu não imaginava que a vida seria a desconstrução dos meus sonhos que me pareciam eternos, muito menos desse mundo tão querido, mas eterno mesmo será a minha vontade de sempre permanecer em pé e correr atrás desse mundo que tentei construir para mim.

Eu sempre tentarei, mesmo que não compartilhem dos mesmos sonhos e sentimentos.


Maurício L. Zink

sábado, 7 de julho de 2012

Uma noite de chuva. O meu coração armagurado. Tudo que sei é que sinto uma necessidade tremenda de estar ao seu lado. Uma vontade imensa de olhar nos seus olhos e ver a sua simplicidade, o seu carinho e a sua felicidade se transformarem em amor. Em um amor que você não consiga guardar dentro de seu corpo. Um amor sólido. Um amor eterno. Um amor que seja construído de uma maneira que não dê para comparar. Um amor mais forte a ponto de alquimistas não conseguirem destruí-lo.

Mas esse amor vive submerso a uma mistura de tempo e distância. Um amor que não consegue fluir. Um amor que não consegue se tocar. Um amor que não se vê. Um amor que nada mais é do que o resultado da impulsividade dos corações de duas almas ingênuas que de nada sabem sobre a vida e que tentaram, mesmo assim, construir tudo aquilo que poderiam ter sonhado.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um sonho. O que mais quero é um sonho em que tudo que desejo se realize. Um sonho que nunca acabe para que eu possa aproveitar cada segundo ao seu lado, vendo seu mais belo e ludibriante sorriso, podendo sentir o seu mais doce perfume e ficar completamente enfeitiçado pelos seus olhos azuis da cor do céu.

O que mais quero é que esse sonho se realize e que, ao ser realizado, permaneça assim até que se torne uma realidade em meu mundo.

Um mundo que só vejo miséria, fome, dor e sofrimento.

Um mundo que tem como principal sonho o desejo de não existir, um desejo que lhe consome completamente as suas entranhas por migalhas desnecessárias. Um mundo que prefere a morte do que a vida.

O que mais quero é um sonho em que tudo que desejo se realize e que essa realidade mesquinha desapareça. Somente um sonho. Um sonho.


Maurício L. Zink

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Momento de loucura, momento de solidão, sonhos intensos, imagens que me atormentam a todo custo. A sua ida está me matando internamente. A sua ida levou parte essencial da minha vida, levou o meu coração contigo, levou tudo que restava de mim, sem deixar-me um sentimento que seja para poder me apoiar. Os meus desejos estão todos unidos em uma só vontade, a vontade da sua aparição momentânea para devolver-me o amor que eu sentia pelas coisas antes mesmo de te conhecer e para devolver o meu verdadeiro eu que se perdeu em ti, que se perdeu em nós.

Quando te conheci, eu percebi que você seria importante na minha vida, mas o que eu não pudera imaginar naquela época era que você seria capaz de me causar explosões de sentimentos dentro de mim, explosões estas que modificavam-me internamente pelo fato de explodir sentimentos totalmente contraditórios. Você me fazia ter a vontade de rir e chorar ao mesmo tempo, me fazia pensar em que eu não sou mais essa pessoa em que acreditava ser por muitos anos, me fazia sentir saudade tremenda e sentir a sua presença ao meu lado fazendo-me cafunés, presença essa que só existia em meus pensamentos e saudade essa que eu sentia do seu corpo unido ao meu, do seu olhar, da sua pele e da sua boca beijando-me totalmente.

Mas você quis ir caminhar por essa estrada da vida por causa de um sonho seu de querer ir enxergar o que tinha além do horizonte, mas não percebera que essa sua ida acabaria levanto contigo tudo aquilo em que eu era, tudo o que eu pensava, tudo o que eu sentia. Eu não sou mais eu sem você, eu era parte de um todo com você do meu lado, mas você não quer mais existir na minha vida. Eu não sou eu, eu sou ninguém, e tu, somente tu, poderá reconstruir-me novamente, trazendo-me de volta o verdadeiro eu, que antes estava integrado profundamente em nós, que estava integrado profundamente em você.

As minhas palavras serão em vão, mas os meus sentimentos serão eternos.

Amo-te completamente.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Uma solidão necessária. Um silêncio acochegante que me atrai para dentro dele. Um silêncio que me separa de tudo aquilo que é, e que sempre foi, desnecessário para mim.

Nem tudo que tenho hoje é necessário, o mundoque vivo não o é. Todas as coisas que vejo e que sinto passam despercebidas como se tudo isso fossem banais, como se a minha realidade não fosse a mesma que está a minha frente.

O meu corpo anda por essas ruas, anda sozinho, solitário, como se buscasse algo que nem sabe o que quer, para ver se se satisfaz. Para ver se vale realmente a pena caminhar por essas ruas esburacadas somente pela recompensa que ele imagina receber no final. Mas o meu corpo nem sabe se terá uma recompensa no modo como ele imagina.

As vezes eu me pergunto. Eu me pergunto se essa caminhada é necessária, mas logo eu vejo que há pessoas que dependem que os meus passos sejam dados porque elas me vêem como exemplo. Porque eu sou o único capaz de ajudá-las.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um sorriso, era tudo que eu queria de você. Um sorriso como um mero sinal de que você gostava de mim. Um sorriso como amostra de que o que havia entre a gente era muito mais do que amizade. Um sorriso de verdade era o que eu queria, mas você só me dava um olhar de afago e um meio sorriso daqueles que um amigo dá para o outro em forma de respeito.

Eu quero muito mais. Eu quero passar noites em claro, olhando as estrelas com certa admiração, ouvindo a orquestra da natureza tocar a sua única e mais bela música, a música da vida...

Maurício L. Zink

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A chuva caindo. Os meus olhos vidrados em algo. Meu corpo está paralisado, esperando que algo aconteça, que a vida venha e estenda a sua mão para me levar para algum lugar antes desconhecido. Mas a vida não aparece diante de mim, me deixando aqui, imóvel, imaginando coisas que não aconteceram e nem acontecerão, pensando em como as coisas poderiam ser se eu fosse uma outra pessoa, pensando como seria bom se certas coisas acontecessem em minha vida no lugar de outras, mas nem tudo que pensamos ou imaginamos irá acontecer. Os nossos pensamentos são só motivos para seguirmos em frente em nossas vidas para tentar ser algo que não somos ou ter algo que gostaríamos de ter.

Tudo que somos são reflexos de nossos pensamentos, de nossas imaginações colocadas em prática, mas de um jeito diferente. Tudo que somos são tentativas, acertadas ou frustradas, de construir um passado com o pensamento e a imaginação no futuro. E hoje eu tento imaginar um mundo sem pensamentos, sem imaginações, onde não precisamos passar por frustrações, por erros, por desgraça, por necessidades... Mas se o mundo fosse assim, nós, seres humanos, não seríamos seres pensantes, seres que inventam coisas para tentar melhorar as nossas vidas. As vidas não só dos seres humanos, mas de todos os animais. Está certo... Erros são cometidos todos os dias devido à nossas decisões, mas há diversas formas que estão sendo criadas e novas idéias que estão sendo pensadas para tentarmos sanar todos esses erros que cometemos durante todos esses anos.



Maurício L. Zink

sábado, 26 de maio de 2012

Um passo após o outro. A vida girando a minha volta. Eu ando para algum lugar que eu não sei aonde que é, mas sei que algum lugar eu vou chegar. Muitas coisas eu ví. Muitas coisas eu fiz. Muitas coisas eu deixei de fazer. Escolhas eu fiz. Erros eu cometi. E o que é o certo? Um passo após o outro. E muitas pessoas me invejam por eu estar aqui com os olhos no futuro.

Sempre tive que decidir por mim mesmo o tamanho dos meus passos e para que direção eles iriam, pois todos sempre duvidaram da minha capacidade de ser, da minha capacidade de estar, da minha capacidade de seguir em frente e de me transformar.

O ser humano é um ser plástico. É um ser maleável e que consegue assumir diversas formas durante o percurso da vida.

E eu vou caminhando para qualquer lugar. Eu não gosto de ficar parado ouvindo o que os outros tem a dizer.

Maurício L. Zink

sábado, 19 de maio de 2012

Só mais uma noite. É o que eu peço. Mais uma noite para deixar a vida sentir o gostinho de sua existência. É só o que eu peço. Só quero mais uma noite resolver os meus problemas e passar um último momento com aqueles que fizeram parte da minha história. É o que eu quero. Uma noite só, nada mais, e amanhã a gente conversa e resolve o que tem que resolver. Amanhã é um outro dia e, lá, eu assumo as responsabilidades das minhas opções e das minhas atitudes, mas, até lá, eu quero sentir o sabor da vida que sempre sonhei ter, nada mais.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Medo de viver

Uma vida sem muitas novidades. Uma vida sem grandes coisas para dizer que "é meu" ou "fui eu que fiz". Eu vivo sem esperanças de que tudo isso mude, pois eu acredito que a vida é complexa de mais e grande de mais para que eu consiga mudá-la.

Nada que eu faça terá efeitos sobre a vida, somente se a morte for a atora das grandes mudanças. Pois somente ela fez com que as pessoas mudassem a vida de um modo geral, sendo as suas próprias e a das outras pessoas ao seu redor, como é o caso das grandes guerras, das pestes naturais, da fome, entre outras coisas.

A morte sempre foi vista com certo medo e repulsa, pois as pessoas odiavam, e ainda odeiam, ter a sensação de perda de algo ou alguém querido, mas essa sensação não existiria se não houvesse o sentimento de posse sobre toda a estrutura física que rege a vida.

E uma coisa eu não entendo, como existe pessoas que, mesmo elas sabendo que tudo tem um fim, lutam e correm atrás para melhorar a vida delas e dos futuros habitantes desse planeta tão ínfimo?



Maurício L. Zink

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Silêncio

Um silêncio, nada mais. As palavras me vem a cabeça, formando frases completas, mas elas, as palavras, não se concretizam para saírem pela minha boca para que os ventos as espalhassem pelos cinco cantos do planeta.

A minha vontade de dizer é grande, mas nada que eu tente fazer terá efeito sobre isso, parece que minha boca não existe e que nunca existiu. Eu não me lembro de tê-la. Eu não me lembro de ter ouvido a minha voz uma única vez. Na verdade, eu não me lembro de ter ouvido qualquer som que me parecesse com uma voz ou com qualquer ruído que seja.

O som nunca fez parte da minha vida de verdade, eu sempre andei, mundo a fora, sem ouvir o que as pessoas me diziam, sem ouvir a chuva caindo no telhado de casa, sem ouvir o zumbido de uma abelha passeando entre as flores do jardim, nem mesmo o vento soprando nas folhas das palmeiras da praia.

O som, ou melhor, a falta dele, me fez ser uma pessoa que não me prendessem a nada.  Como é o caso das pessoas e coisas que entraram e saíram da minha vida com certa facilidade como a vida e a morte tem para decidir sobre qualquer pessoa.

Por causa disso, o meu desprendimento é visto, por mim, como algo que me fizesse, em alguns sentidos e momentos, crescer como indivíduo, pois, para mim, nada é duradouro. Nem a minha vida será duradoura. Só me pergunto uma coisa, por que me apegar as coisas se as coisas não se apegam a mim?


Maurício L. Zink

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A vida já veio a minha procura, novamente, para exigir-me uma resposta, uma resposta que mudará novamente o sentido da minha vida, uma resposta que não terá volta, tendo como exigência um compromisso, assumindo todas as consequências dessa minha resposta.

Mais uma resposta a vida quer de mim. Desta vez, a vida quer uma resposta que, na verdade, é uma escolha, uma escolha entre a manutenção do passado, que já é conhecido, e garantido, ou um futuro incerto, mas que dá para se apostar, que dá para se arriscar em algo que possa lhe dar felicidade, que possa lhe dar reconhecimento, que dê para realizar todos os meus sonhos, mas, no  fundo, no fundo do meu coração, sempre ficará a dúvida, a incerteza, que já é algo que sempre se espera de alguém.
Mas a vida não teria graça se ficássemos parados no tempo, sem arriscar, sem errar, sem duvidar das nossas próprias certezas. O que é a nossa certeza se não tivéssemos a possibilidade de questioná-la?


Maurício L. Zink

terça-feira, 3 de abril de 2012

Há vacas da fazenda e vacas da cidade?

Essa pergunta repentina me veio à mente nesse momento tão estranho. Eu fiquei meio surpreso com a vinda dessa questão tão existencialista, mas, ao mesmo tempo, tão desnecessária. Para mim, vaca é vaca, em que eu nunca soube distinguir a raça delas através da cor, ou do tamanho, muito menos pelo tamanho do chifre e pelo seu mugido, sem saber a real finalidade de distinguí-las, já que todas são tão parecidas.

Para mim, vaca é aquele tipo de animal inocente, dócil, mas que se enfurece ao ver seu bezerro ser levado pelo homem, como todo ser vivo que que acaba de ser mãe, e que sonha em um dia poder voar por esse mundo sem precisar sustentar uma vida monótoma e cíclica imposta. Ela sempre vê as coisas acontecerem, sem entender muito o porque que está lá, parada, comendo, engordando e morrendo pouco a pouco enquanto os pássaros voam pelo horizonte à fora, conhecendo outros pastos, outras cidades, outros animais e outras árvores. Tudo para ela não passa de coisas que são enxergáveis, sonhando com uma vida melhor do que aquela, mas que não passa de meras abstrações que não fazem sentido para aquela realidade que ela vive, sendo poucas as coisas que ela realmente pode sentir e tocar.

Nada muda. Tudo continua monótomo e cíclico. E a vida vai levando.


Maurício L. Zink

quarta-feira, 21 de março de 2012

Um dia a andar, andando por lugares que não conheço, por lugares que não tinham importância em conhecer. O que me importavam nesse momento eram os meus pensamentos que me corroíam completamente naqueles últimos dias. Pensamentos necessários, pensamentos que eu não gostava de tê-los, pensamentos sobre o que fazer, pensamento sobre o que fiz, pensamentos sobre o que faço. Revendo, comigo mesmo, a minha vida completamente, julgando as minhas atitudes, julgando os momentos, julgando os meus próprios pensamentos.
Essas caminhadas aleatórias sempre foram necessárias pra mim, e cada vez mais frequentes. A minha vida está completamente em transformação, transformando em algo que desconheço, em algo que preciso entender para poder aproveitar cada instante, para poder aproveitar cada momento que me acontece e que me acontecerá. Tudo mudou. Minha vida mudou. Meus sonhos mudaram. Minha forma de ver o mundo mudou. Não posso explicar. Mesmo que eu quisesse, não daria, detalhes incompreensíveis.


Maurício L. Zink

sábado, 17 de março de 2012

Tabus

A morte não é tudo isso que dizem nas esquinas da vida. A morte é uma necessidade da vida. A morte é uma passagem e um fim em si mesmo. Tudo ao mesmo tempo.

Nós vivemos para podermos conhecer a morte, a morte que acaricia e transforma as pessoas, mostrando que tudo tem um fim e um recomeço, mesmo que as nossas vontades e os nossos desejos sejam contrários a tudo isso que nos circunda.

Com ela, pessoas começam a enxergar que a vida pode ser mais prazerosa, acabando com todas as formas egoístas que são inseridas em nosso ser, fazendo com que pessoas e coisas se vêm e se vão com toda a facilidade e com o seu próprio desejo que a vida possa proporcionar.

Como tudo, as pessoas, um dia, deixarão de existir, deixarão de ser sentidas fisicamente para poderem se transformar em uma doce lembrança de momentos difíceis de serem esquecidos, momentos estes que conseguem se fixar em nossas mentes por tempo indeterminado.

A morte não é uma dor, a morte é uma festa, mas uma festa para comemorarmos por aqueles com quem pudermos conviver, com aqueles com quem pudermos passar por momentos dos mais diversos sentidos.

A morte não é algo triste, pelo contrário, é feliz por ter deixado sentimentos de alegria, de felicidade, de saudade e de dever cumprido por aquele que se foi.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um sonho. Nada mais. Tudo mudou. A minha vida mudou completamente devido à esse sonho que eu tive. Não sei porque, nem como, que tudo isso veio à mim em forma de sonho. Premonição? Mensagem de Deus? Dom? Esse tipo de sonho já virou corriqueiro, mas já não acontece com tanta frequência como antigamente. Mas ainda acontece. Esses sonhos ainda acontecem, revelando o meu futuro. Um futuro qualquer que, parece-me, é marcante em minha vida. Novos amigos, namorada, emprego. Filho? Casamento? Mortes? Sonhos premonitórios que, de certa forma, me prepararam emocionalmente para o que iria acontecer. E continuam me preparando para o que ainda irá acontecer. Independe do que seja dito, ou visto, no sonho. Mas acontece. Não sei porquê. Mas acontece.

Maurício L. Zink

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nem tudo que falo, ou escrevo, é verdadeiro. As palavras vem e se vão junto com o vento que bate em meu rosto. As palavras são meras abstrações, tal como todo o resto que compõe as nossas vidas mundana, que iludem o mais realista dos seres.

Com uma simples palavra, sociedades inteiras se modificam, entram em guerras consigo mesmas ou com seus vizinhos, devastam ou preservam seus territórios, seus povos, suas culturas, seus estados, seus patrimônios.

Mas as palavras ditas deveriam ser questionadas, deveriam ser postas a prova de sua verdadeira essência, pois, as palavras, podem ter muitos significados e múltiplas consequências se forem ditas em determinadas situações.


Maurício L. Zink

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Apoiado na janela. Uma tragada. Outra tragada. Um horizonte repleto de vida fugindo da morte que me circunda e que, cada vez mais longe, vai satisfazendo as suas vontades obscuras sem pensar, sem parar, sem deixar que a vida olhe e veja a verdadeira forma para poder, assim, assumir o seu verdadeiro direito de existir.

Tudo aqui, ao meu lado, é estranho mas me conforta,  me deixa vendo as coisas de uma forma totalmente diferente que tem realmente uma lógica, uma lógica destrutiva, uma lógica que deixa de ter conhecimento, sem saber por muitos e muitos anos a sua verdadeira face.

Maurício L. Zink
Promessas, palavras vãs, palavras ditas ao vento sem ter um compromisso fiel com a realidade verdadeira. Palavras enfeitadas com as mais belas fantasias mas que são capazes de destruir completamente as relações, as vidas, o mundo de quem as escuta falar. Em muitas promessas eu cheguei a acreditar. Palavras profanadas por descuido de quem as usou. Erros foram criados por causa dessas malditas palavras e chegaram a acabar com futuras relações, com mundos passíveis de harmonia.

Não acredito mais nas palavras que outras pessoas usam. As pessoas não tem mais compromisso fiel com o significado das palavras usadas e com a verdadeira realidade das coisas. As palavras só são ditas para poderem ser esquecidas no momento seguinte por quem as escutou, sendo que muitas delas não tem um compromisso com a realidade das coisas e dos fatos.

Pessoas utilizam frases prontas para qualquer tipo de imprevisto que a vida possa proporcionar, mas essas frases nunca chegam a se concretizar de fato. Eu desacreditei das palavras. Eu desacreditei das pessoas. Eu desacreditei de mim mesmo.



Maurício L. Zink

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nada fazia-me enxergar-me completamente como um indivíduo real que faz por si só a sua história. Nada fazia-me acreditar na essência do meu ser como uma criatura, no mundo físico, igual a todas as outras, independentemente de qual seja a outra criatura, mas no mundo das abstrações, diferente, único e verdadeiro. Nada fazia-me crer em tudo aquilo que me convinha ser o que, para mim, o verdadeiro e o certo, mesmo que os olhos me fizessem acreditar naquilo que parecia ser, mesmo não o sendo na sua verdadeira realidade. Nada fazia-me ser uma coisa que eu não era, mesmo pessoas que exigiam de mim atitudes reais, efetivas e de uma outra realidade com a qual eu não estava preparado.

Eu era simplismente uma criança, uma criança que não conseguiu aproveitar a sua infância como gostaria de ter tido, por ter pessoas que exigiam de mim atitudes de um adulto, forçando-me a não ter uma infância que desejaria de ter dito, e que eu pudesse lembrá-la com muito saudosismo. Coisas foram feitas, palavras foram ditas e minha infância foi roubada, basta agora ser bem mais do que sou, ser bem mais do que gostariam que eu fosse para ser tudo aquilo que não o são e poder rir, rir das vidas medíocres, de suas vidas infames, armaguradas e repleta de sofridão.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um momento de solidão não me aflige, nem me abala, muito menos me angustia. Eu vivo com as minhas lembranças, dos meus mais diversos momentos vividos, em um lugar que, para muitos, atormentaria, causando-lhes pânico e desespero.

Dias inteiros vivendo só e em uma eterna reclusão, esperando que os dias acabem e tudo se transforme, se renove, e que, assim, eu possa degustar melhor o sabor que a vida possa me proporcionar.

A chuva cai incensantemente sobre e arredor de mim, sendo com ela que a calma se aproxima de meu corpo e me abraça, acariciando-me como se uma mãe colocasse seu filho para dormir. E, com isso, tudo ao meu redor se cristaliza por um simples momento, ficando tudo silencioso, calmo, nada mais.

Maurício L. Zink

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Por vários momentos eu duvidei, diversas vezes, da minha capacidade de manter o meu foco em tudo aquilo que sempre acreditei em meus anos de vida, eu duvidei da minha capacidade de ser, de me transformar, de enxergar a verdadeira realidade das pessoas e das coisas ao meu redor, eu duvidei das minhas certezas, muitas vezes mentindo para mim mesmo, e que essas mentiras me prejudicariam a minha vida inteira, eu duvidei de mim mesmo, me fechando por completo na minha obscura e medrosa essência do meu ser.

Nem mesmo as noites em claro, nem os sons absurdamente gritantes reproduzidos por um simples aparelho de rádio poderiam me confortar e me motivar. O que apazigua o meu ser em momentos distintos é a ação de transpôr os meus sentimentos ao papel e não tentar dizê-los a qualquer pessoa que fosse, conhecida ou não, que se diz entender dessas angústias. As minhas angústias sempre serão minhas, e somente a mim caberá a tentar resolvê-las, pois somente eu conheço-me por completo e a ponto de saber o que realmente poderá funcionar em mim e na minha vida.

Maurício L. Zink

sábado, 21 de janeiro de 2012

As vezes eu não percebia que a vida é muito mais que um mero desejo, que uma mera vontade de ser, e de ter. Tudo que vemos ao nosso redor é muito mais do que uma confirmação do que está explícito em nós mesmos. Todas essas coisas podem ser sentidas, vistas e tocadas a todo instante, através de sutis desejos , em nossas vidas. Nós mesmos somos resultados de tudo aquilo que vemos e percebemos ao nosso redor, desde as coisas mais ínfimas como um simples afago, até algo mais grandioso que faz as nossas vidas mudarem completamente de sentido, transformando nós mesmos em pessoas que nem tínhamos pensado em ser.

Com tudo isso, acabamos vendo que a mudança, o processo dela, pode ser de infinitas maneiras, mas necessárias para o andamento de nossas vidas. Nós mudamos fisicamente conforme os dias vão chegando, o tempo muda, todas as coisas ao nosso redor mudam. Por quê nós mesmos não podemos mudar internamente? Talvez, com essas mudanças, as nossas vidas possam fazer bem mais sentido para nós mesmos.

Maurício L. Zink

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tudo parece ser como achamos. Tudo parece ser. Mas, as vezes, o que nos parece ser, não é como gostaríamos que fosse, muito menos como é na realidade, ainda mais quando se trata de amor. As vezes, nos enganamos e começamos a acreditar que tudo que vemos é verdade, mesmo quando a sua verdadeira forma do que pensamos seja uma coisa totalmente contraria a realidade. Nós acreditamos somente naquilo que achamos que vemos, esquecendo sempre que há, pelo menos, mais de uma forma de visão sobre o mesmo assunto.

Maurício L. Zink

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

Uma realidade misturada com desejos (in)voluntários, e com uma pitada de sonhos de amores eternos, tudo isso mostra o quanto que uma vida pode ser tudo aquilo que qualquer um gostaria que fosse.
Você me puxa pelas mãos, levando-me para dançar a sua música, a música da sua vida, e, ao final, me mostra o quanto que as estrelas podem ser felizes só de observar nós dois, ali, naquele terraço, nos olhando, nos acariciando e nos beijando por um tempo memorável.

Conhecer-te fez com que velhos sonhos, que vinham se tornando inalcançáveis, fossem se tornando, aos poucos, possíveis, me fez ver que a vida é aquilo que conquistamos, é por aquilo que lutamos, é por todos aqueles com quem admiramos, por quem choramos, por aqueles que brigamos e por aqueles que amamos.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tudo não passa de meras idéias. Umas se tornam realidade, enquanto outras ficam no mundo dos sonhos.

Maurício L. Zink

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Deparei-me com um mundo completamente estranho, um mundo que faz da desgraça a sua religião, um mundo que faz da guerra o objetivo da nação.  Ao nascer, nada fazia-me sentido, nada fazia-me sentir vontade de estar nesse lugar, onde pessoas nascem, vivem e morrem, em um puro desespero, em uma agonia constante e irreversível, em uma vontade imensa de querer ser alguém, alguém que não é, alguém que despreza, que humilha, que causa desgraça a todos aqueles a sua volta.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sinceros desejos que nunca terminam. Vontades de querer sempre mais, e mais, e mais. Mas o meu corpo, calejado de tanto sofrer das minhas tentativas frustradas de obter susesso nas minhas vontades, as vezes, talvez todas, completamente insanas, de querer ser alguém quem eu não sou, já não me obedece como antigamente. Tornei-me mais responsável? Mai igual aos outros? O que é ser responsável? O que é ser igual? E quem disse que eu quero ser responsável e igual aos outros?


Maurício L. Zink

sábado, 5 de novembro de 2011

Desvaneios eternos. A sensação que o meu passado era mais interessante não sai da minha mente. A vida continua, mas o meu passado insiste em aparecer todas as horas para mim, me chamando para uma simples conversa em que não me interesso em participar.


Maurício L. Zink

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tu fostes a morte e a vida de ti mesmo, em que tu, somente tu, tiveste o controle dela, fazendo-a de tudo um pouco, mas o nada, a sua essência. Tu morreste do único modo que a tua vida pôde lhe proporcionar. Aceite a tua desgraça e a tua morte que tu mereceste. Nada mais tenho a te falar.

Maurício L. Zink
Dias incompreensíveis, uma vontade cega de estar em algum lugar. Em um lugar em que as coisas não são as mesmas, onde as idéias fossem outras, as concepções fossem outras. Um lugar que é e não é. Um lugar não-lugar em que eu possa viver incansavelmente a loucura da vida.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Momentos de loucura e de desespero...Sonhos meus ludibriam-me intensamente nesse momento de extremo estresse cotidiano dessa cidade absolutamente apavorante e apaixonante. Somos todos iludidos e condicionados a manter essa vida absurda, sem, ao menos, olhar para um horizonte iluminado por um simples e maravilhoso pôr-do-sol e ver, a nossa frente, uma parede intransponível, constante e que nos circunda por todos os lados.

Bons são aqueles que conseguem transpor essa parede através dos seus sonhos, pois são essas pessoas que acabam enxergando muito mais do que nós, simples mundanos, podemos imaginar.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Existem momentos na vida de uma pessoa em que ela gostaria de estar em algum lugar onde ninguém a pudesse encontrar, em que essa pessoa ficasse isolada do mundo, em todos os sentidos, para poder ficar só, nada mais, sem se preocupar com as satisfações que deveria dar aos outros sobre as suas ações ou sobre as suas palavras ditas, sem se preocupar com os julgamentos daqueles com quem ela convive diariamente sobre tudo aquilo que faz.

(Con)viver em sociedade é complicado, e necessário, diriam outros, não tiro a razão de ser necessário, mas as vezes eu sinto a necessidade de me isolar momentaneamente para poder ter certas reflexões existencialistas que eu não poderia ter durante o dia-a-dia  rotineiro, devido a exigência daqueles com quem eu convivo de exigir de mim certas decisões imediatas sobre assuntos muito importantes que podem mudar, e muito, a minha vida e a vida dos outros a minha volta.

Eu necessito parar, tentar me isolar, para poder refletir sobre muitas das decisões que tomei e, daí, tentar corrigir algum erro anterior e aceitar as mudanças que me ocorreram durante esses momentos de puro (des)controle (des)necessário da vida moderna cronometrada. Isso, para mim, é necessário para a continuação da minha vida humana.

Maurício L. Zink

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A vida nos exigi fazer certas coisas em que não gostaríamos de fazer. Coisas essas que sempre odiamos lembrar em um futuro não tão distante assim. Coisas que envolvem rótulos, idéias completamente idiotas e aqueles momentos em que as outras pessoas tentam nos transformar em algo que não somos pelo simples fato de sempre tiveram os seus desejos e as suas vontades realizadas e pessoas, que sempre estiveram ao seu lado, mais ou menos do mesmo jeito.

O meu modo de enxergar está sempre em constante mudança por eu sempre estar em constante mudança, mas o que não muda é o meu senso crítico. Um senso crítico que está sempre me criticando, criticando as minhas ações, os meus pensamentos, os meus desejos e as minhas vontades, fazendo com que o meu verdadeiro "EU" interior se autorregule devido as minhas constantes mudanças internas e externas.

Mas essa autorregulação, essa crítica ao meu "EU", está me fazendo viver uma vida totalmente racional, padronizada e, dita por muitos, paranóica, devido as coisas que vivi no meu passado não muito distante, devido à certas pessoas que sempre me criticaram, que me julgavam como um mero rótulo, e não como uma pessoa que pudesse mostrar que a vida poderia ser mais que isso, que a vida poderia ser tudo aquilo que cada um puder sonhar de bom para sí e para os outros ao seu redor.
A vida pode ser muito mais que isso.


Maurício L. Zink

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dias e noites com uma angústia insuportável dentro de mim, me corroendo, me deixando completamente louco, e você, me julgando, me questionando, mostrando-me uma visão de mim que eu não consigo considerar como verdadeira. Eu me vejo de um jeito completamente único, diferente de todos os outros, envolvendo-me com as minhas verdades, verdades estas que não são as mesmas que as suas, verdades estas que nao são iguais a de ninguém que eu pude conhecer ainda em vida.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Momentos de loucura misturados com um puro desespero e pitadas de medo. A minha vida nada mais é do que esses momentos alternados com tentativas frustradas de realizar os meus sonhos. Tudo isso me faz sentir um peso enorme dentro de mim, que acaba me angustiando e me deprimindo cada vez mais. As coisas não precisavam ser assim, desse jeito, mas a vida adora pregar peças em mim e sair rindo da situação em que eu acabo me encontrando. Talvez todos esses anos, eu tenho alimentado, cada vez mais, o meu complexo de inferioridade e me tornado um completo ser imundo.


Maurício L. Zink

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nada é mais certo do que a verdadeira sensação de que nada está aí para ser considerado justo. Tudo pode ser certo e errado ao mesmo tempo. Nós só sabemos que as coisas hão de acontecer no momento que tiver que acontecer, indepentemente da hora, e não depende de nós acelerar o tempo ou fazer com que o próprio tempo pare para que nós podemos aproveitar mais, ou menos, os acontecimentos. As coisas aconteceram em seu devido tempo e lugar, só cabe a nós esperar acontecer o que a vida nos apresentará e deixar que as coisas aconteçam.


Maurício L. Zink

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Essa é uma época de muita superação e de muita auto-afirmação para muitas pessoas. Isso é um sinal que as pessoas mudarão, mudarão para algo novo, para algo desconhecido, para algo em que eles lutavam contra por terem medo desse desconhecido, mas agora é inevitável assumir essa nova versão do verdadeiro eu de cada indivíduo.

Maurício L. Zink

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um dia qualquer.
Um vento no rosto,
Um abismo diante
Dos meus pés e
Um pôr-do-sol no
Horizonte, refletindo
A sua grandiosidade
Nas ondas do mar
E nesse céu avermelhado.

 
Maurício L. Zink

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um dia pacato.










E a vida seguindo caminhando por estrada a fora.

Maurício L. Zink

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um sossego, um momento em que você fica parado em um canto, com os olhos fechados, em silêncio, e ouvindo os diversos sons que a vida possa lhe proporcionar. Nada pode ser mais calmante do que esse momento único.

Maurício L. Zink

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Por um lado, cada indivíduo faz parte de um todo holístico, e por outro, cada um está integrado em uma hierarquia social, tendo uma função única e essencial para a sociedade em que ele está inerte.

(a.d.)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia nublado, o tempo parece não querer passar. Estou ansioso pela hora de te ver chegar caminhando, por ver você passar por esse portão, o quanto antes, e para que esse amor enclausurado em mim possa ser compartilhado, que possa se consumado inteiramente por você, meu doce amor.
Uma vontade imensa de te abraçar, de te beijar está querendo ser saciado, mas esse tempo que não passa está impedindo tudo isso, impedindo que eu manifeste para ti o meu amor.
Amo-te inteiramente.


Maurício L. Zink

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Naqueles dias em que as pessoas estão tão despreocupadas com a vida, a vida lhes dá uma forte surpresa capaz de mudá-los inteiramente. Surpresa essa que essas pessoas nunca esperavam acontecer, mas que acontece para ficar marcado em suas memórias.

Maurício L. Zink

sábado, 27 de agosto de 2011

Eternamente reconstruindo momentaneamente os meus pensamentos desconstruídos.

Maurício L. Zink


sábado, 20 de agosto de 2011

Sonhos produzidos na escuridão da noite, momentos únicos, sinceros e estranhos...Um amor que te alimenta, que, não importando o momento, só te faz crescer e que te consola sem precisar dizer nada quando as coisas não andam muito bem. Um sonho como esses são para ficar na memória...

Maurício L. Zink

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O tempo não passa...Os muitos anseios e as várias vontades querem ser saciadas nesse instante, mas não consigo produzir, não consigo fazer com que o tempo passe e que me faça produzir tudo aquilo que é necessário e desejado.

Esse tempo que se esconde de mim em algum lugar dessa cidade, em alguma rua distante de mim. Há vontades em mim que são postas em conflito com a minha responsabilidade de produzir cada vez mais. Não quero continuar assim a minha vida inteira...

Maurício L. Zink

sábado, 13 de agosto de 2011

Andando à toa pela vida, seguindo na direção do vento, querendo ver no que tudo isso vai dar, sem esperar que as pessoas me sigam (eu não quero que as pessoas me sigam porque eu não quero que ninguém sofra por minha causa e porque eu quero que cada um faça o que quiser da sua vida, tomando as suas próprias decisões e sem imitar os outros por achar que é mais fácil desse modo ao invés de bater de frente com a vida). Eu sei que vai ter horas que vou cair por causa da vida, mas nessas horas eu vou levantar e vou seguir em frente de cabeça erguida, sem ligar para o que os outros pensam ou dizem de mim. A minha vida foi um sofrimento constante e isso me fez ser assim, determinado, em busca de algum sentido para a minha vida e da minha versão da verdade.


Maurício L. Zink

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

As minhas memórias são muito valiosas pra mim, mesmo que elas estejam sempre em constante mudanças.

Maurício L. Zink

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Depois de um tempo longe dessa cidade gigantesca, louca, embaraçosa e fascinante, eu fiquei com saudade de deixar os meus anseios, os meus sonhos e as minhas loucuras escritas em algum lugar que não fosse somente na minha memória.

As vezes eu sinto a falta de deixar escrito tudo aquilo que me der vontade de escrever em algum lugar que seja para as outras pessoas lerem e se lembrarem que a vida continua, que a vida não tem um fim, que tudo é fruto da nossa imaginação, mas as vezes eu não consigo transpor para o papel tudo aquilo que estou sentindo porque as palavras não aparecem para simbolizar o algo estranho, o algo diferente que há dentro de mim.

Há coisas em mim mudando constantemente, há sentimentos, que antes estavam escondidos em lugares de mim mesmo, que só fui descobrí-los recentemente, há sentimentos que eu gostaria de esconder, mas que não consigo retirá-los de mim.

Muitas incertezas me acompanhando diariamente pelos corredores da vida e a sensação de que tudo isso realmente não vale a pena se não puder ser compartilhada...

Maurício L. Zink

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Saudades sem fim,
Um amor se fora,
E tudo que me resta
É uma vida calada,
Silenciada, em meio
As lágrimas que
Ainda me restam.

Tudo que eu fizera
Até aqui fora
Feito em vão.

Uma ilusão perdida,
Levada pelo vento
Para onde a vista
Não alcança mais e
As coisas com que
eu sonhara, desapareceram-se.

A vida não é mais
Vista como antes.
O tempo agora é sentido,
A escuridão é um grande
Anfitrião que me abraça
E me convida para um
Chá acompanhado
Com a solidão.
Tudo já não é mais
Como era antes.

Uma vida banhada em mentiras,
Mentiras estas para tentar esconder
A verdade, para esconder o medo
De enxergar a verdadeira face
Da vida, do medo de lutar pela
Própria felicidade, do medo de
Querer construir a sua própria
História, do medo de perder
Tudo aquilo que está a sua volta.

Agora, eu preciso tomar uma
Dose de realidade com uma
Pitada de coragem para poder
Levar essa vida adiante, tendo
A certeza de que nada na vida
É para sempre e para começar
A achar que tudo isso não será
Em vão, de que tudo isso é
Digno de ser lembrado.

Maurício L. Zink