sábado, 3 de julho de 2010

Façam sem ver a quem.

Como diria um conhecido meu, nada vale fazer as coisas na vida se você não puder deixar para alguém...Eu lhes pergunto, caros leitores, vocês não acham que esse alguém não é, talvez, muito vago?? Aposto que estão pensando que não, que esse alguém é os nossos filhos, filhas e para as nossas futuras gerações sanguíneas...Tá, mas quando eu falei "alguém", eu não especifiquei absolutamente nada, eu tive a intenção de dizer, e talvez a pessoa que inventou essa frase, que não precisa ser necessariamente as nossas futuras gerações, no meu entendimento, esse alguém pode ser qualquer um que habita o mesmo planeta que eu, podendo ser da mesma nacionalidade ou não, podendo ter algum tipo de laço (amoroso, afectivo, sanguíneo) comigo ou não, eu posso deixar tudo aquilo que eu produzi para qualquer pessoa, conhecida ou não, só que as pessoas preferem deixar os seus bens materiais, após a sua morte (após a morte porque em uma sociedade capitalista são raras as pessoas que se desprender dos seus bens materiais para o bem comum antes mesmo da sua vida biológica acabar), para seus herdeiros diretos que tenham algum laço sanguíneo com o falecido (filhos, netos, sobrinhos...) ou para aqueles que sempre estiveram ao seu lado os ajudando nos momentos que mais precisaram de apoio.

O que eu quero dizer com isso tudo que não precisa necessariamente deixar os seus feitos, as suas conquistas, os seus bens materiais e não materiais para alguma pessoa específica, é mais nobre de sua parte deixar todas as suas coisas, materiais ou não, não só para uma única pessoa, mas para uma sociedade inteira, ou para toda a população mundial inteira porque será mais de uma pessoa que conseguirá tirar proveito dos seus sonhos, das suas conquistas, de seus ideais que tentou lutar à vida inteira. Façam as coisas não só pensando em si mesmas mas em todos aqueles que gostariam de estar no seu lugar, usufruindo das mesmas coisas que você, que gostaria de poder sonhar por coisas melhores. Façam sem olhar a quem.

Maurício L. Zink

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