O meu destino me aprisionou,
Me fez conviver dia após dia
Com a solidão, usando o medo
Como minhas correntes que
Me prendem à esse corpo
Sórdido, sombrio e triste,
Correntes essas, que são grossas
Demais para quebrar e
Pesadas demais para deixarem-me
Movimentar nessa escuridão.
Lágrimas não escorrem mais
Pelos meus olhos, que nem se
Abrem mais, pois não faz mais
Diferença, a escuridão já me consome.
O meu rosto entristecido nunca
Mais encontrou a felicidade
E a ilusão do amor mundano.
Nada pode mais mudar o que
Eu sinto, nada mais pode me
Livrar desse meu destino
Que me consome como se fosse
Um rato roendo ferozmente a
Sua refeição que acredita que
O amanhã talvez não exista mais.
Maurício L. Zink
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