Um cigarro aceso em cima da mesa,
O quarto mau iluminado, uma
Penumbra, o café frio na xícara,
Um rádio quebrado, repetindo o
Mesmo chiado sem parar,
Uma bruma invadindo o quarto
Através da janela aberta e
Escondendo o mundo a sua volta.
Um mundo tão desconhecido que
As vezes me parece que já
Estive aqui antes em outros tempos.
Tudo que vejo, tudo que toco,
Tudo que sinto é uma grande contradição
Em que, me parece, não quer me
Deixar mais sair desse lugar que
Me faz ter a sensação de estar nesse
Lugar sem ao menos as minhas
Lembranças acusarem o tempo
E o motivo dessa sensação.
Maurício L. Zink
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