Uma solidão necessária. Um silêncio acochegante que me atrai para dentro dele. Um silêncio que me separa de tudo aquilo que é, e que sempre foi, desnecessário para mim.
Nem tudo que tenho hoje é necessário, o mundoque vivo não o é. Todas as coisas que vejo e que sinto passam despercebidas como se tudo isso fossem banais, como se a minha realidade não fosse a mesma que está a minha frente.
O meu corpo anda por essas ruas, anda sozinho, solitário, como se buscasse algo que nem sabe o que quer, para ver se se satisfaz. Para ver se vale realmente a pena caminhar por essas ruas esburacadas somente pela recompensa que ele imagina receber no final. Mas o meu corpo nem sabe se terá uma recompensa no modo como ele imagina.
As vezes eu me pergunto. Eu me pergunto se essa caminhada é necessária, mas logo eu vejo que há pessoas que dependem que os meus passos sejam dados porque elas me vêem como exemplo. Porque eu sou o único capaz de ajudá-las.
Maurício L. Zink
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