Por vários momentos eu duvidei, diversas vezes, da minha capacidade de manter o meu foco em tudo aquilo que sempre acreditei em meus anos de vida, eu duvidei da minha capacidade de ser, de me transformar, de enxergar a verdadeira realidade das pessoas e das coisas ao meu redor, eu duvidei das minhas certezas, muitas vezes mentindo para mim mesmo, e que essas mentiras me prejudicariam a minha vida inteira, eu duvidei de mim mesmo, me fechando por completo na minha obscura e medrosa essência do meu ser.
Nem mesmo as noites em claro, nem os sons absurdamente gritantes reproduzidos por um simples aparelho de rádio poderiam me confortar e me motivar. O que apazigua o meu ser em momentos distintos é a ação de transpôr os meus sentimentos ao papel e não tentar dizê-los a qualquer pessoa que fosse, conhecida ou não, que se diz entender dessas angústias. As minhas angústias sempre serão minhas, e somente a mim caberá a tentar resolvê-las, pois somente eu conheço-me por completo e a ponto de saber o que realmente poderá funcionar em mim e na minha vida.
Maurício L. Zink
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