Risadas estridentes, bochechas avermelhadas e olhos semi-cerrados. Uma forma de felicidade que nos é vendida a cada esquina como se fosse um sentimento contínuo em um mundo em que o tempo deixa de existir por um mero instante das nossas vidas.
Uma criança brinca com uma simples tampa de garrafa no chão que muitos passam, mas ninguém dá o mesmo valor à ele como a tal criança com a sua tampinha e um sorriso estampado no rosto o dá.
Uma reunião de amigos, amigos estes que conversam sobre política, economia e notícias que são passadas na tela de uma mera televisão, discorrendo sobre como o mundo não é como eles gostariam que fosse.
Um ambiente. Pessoas passam e todos se desconhecem. Um dedo levantado seguido de um pedido (até parece uma criança na flor da sua infância interrompendo a professora durante a aula para pedir algo, mas não o é, ou será que é?) Cervejas, lanches, sucos, almoços, balas e muito mais coisas que um lugar desses pode oferecer estão correndo de um lado ao outro como se sentisse uma necessidade afobada de chegar ao seu destino no mesmo instante em que partem, mas, apesar de tudo, não deixa de ser um lugar de passagem, um lugar de consumo, nada mais, somente apontar, consumir e pagar. Nada é mais necessário.
Maurício L. Zink
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