Necessito de uma ilusão. Necessito, de antemão, de algo que me faça sonhar, que me faça ver, que me faça crer em um futuro, em um fim para as coisas de uma forma que não me deixe enxergar a realidade na forma mais brutal, na forma mais natural que é a sua existência que possa ser revelada durante meu caminho na vida.
Mas as vezes começo a pensar que a natureza das coisas, a natureza dos seres e de suas criações, está repleta de ilusões, de fantasias ao seu redor.
De que vale uma roupa se não para ocultar determinados contextos e determinadas formas em contraponto de demonstrar uma natureza carregada de simbolismos criados pela imaginação do ser humano?
As coisas que nos são mostradas nem sempre são reais. As coisas que vemos é a mera necessidade do ser humano de externalizar tudo aquilo que tivesse sido subjugado no nosso mais obscuro interior, ou seja, externalizamos tudo aquilo que sempre foi modelado incessantemente por algo que não vemos, mas que acreditamos que esse algo exista, deixando com que esse algo seja capaz de controlar as nossas vidas através da nossa imensa necessidade em acreditar em algo.
Maurício L. Zink
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